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ECONOMIA

Superavit da balança comercial de MS salta de US$ 8,3 milhões para US$ 2,1 bilhões

Mato Grosso do Sul e Goiás são os estados do Brasil Central que mais diversificaram a pauta de exportações

14 março 2018 - 07h30
Responsável por 41,03% da receita de exportações sul-mato-grossenses neste primeiro bimestre de 2018, a celulose somou US$ 272,160 milhões entre janeiro e fevereiro
Responsável por 41,03% da receita de exportações sul-mato-grossenses neste primeiro bimestre de 2018, a celulose somou US$ 272,160 milhões entre janeiro e fevereiro - Foto: SEMAGRO
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Após quatro anos deficitário, entre 2010 e 2013, o saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul disparou, de US$ 8,3 milhões, em 2014, para US$ 2,118 bilhões, em 2017. Por outro lado, Mato Grosso do Sul ampliou a pauta de exportações. Na região do Brasil Central, que inclui o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, MS foi o segundo que mais diversificou os itens do comércio exterior, atrás apenas de GO.

Nos últimos três anos, as exportações de Mato Grosso do Sul ganharam ritmo surpreendente. O primeiro saldo positivo desde 2010 foi registrado em 2014, com superavit de US$ 8,3 milhões. A partir de 2015, com as políticas de estímulo à produção, diversificação da economia e indução do desenvolvimento, além da queda das importações, a balança comercial do Estado se manteve superavitária e chegou à casa do bilhão.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mato Grosso do Sul diminuiu o ritmo das importações e acelerou as exportações. O Estado faturou com as vendas externas US$ 4,7 bilhões em 2015, US$ 4 bilhões em 2016 e, em 2017, US$ 4,4 bilhões. Descontando as importações, o saldo foi superavitário, de US$ US$ 1,3 bilhão, US$ 1,7 bilhão e US$ 2,1 bilhões, respectivamente. O superávit foi favorecido pelo aumento da produção destinada ao mercado externo e ligeiro declínio das importações.

Diversificação

Mato Grosso do Sul ampliou a pauta de exportações para 11 itens, ficando atrás apenas de Goiás (14 itens) e na frente do MT (5), RO (5), DF (4) e TO (2). Hoje o Estado exporta soja em grãos, celulose, milho em grão, carne bovina congelada, açúcar, carne de aves, farelo de soja, minério de ferro, couros e peles.

A tendência de crescimento acelerado é comprovada pelos resultados nos dois primeiros meses deste ano. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, entre janeiro e fevereiro de 2018 a balança comercial do Estado teve superavit de US$ 257 milhões, com exportações em US$ 663 milhões e importações que somam US$ 405 milhões. No mesmo período do ano passado o saldo foi de US$ 251 milhões.

A celulose foi o produto mais exportado nos dois primeiros meses do ano, com 41% de participação na balança comercial do Estado e crescimento de 70,96% em relação ao mesmo período de 2017. O faturamento chegou a US$ 272 milhões com a exportação de 656 mil toneladas de soja.

A carne bovina ampliou em 24,97% a participação na balança comercial, chegando a 16,45% entre janeiro e fevereiro deste ano. O volume de 28 mil toneladas cresceu 17,31% quando comparado ao ano passado e o faturamento neste ano chegou a US$ 109 milhões.


A carne bovina ampliou em 24,97% a participação na balança comercial, chegando a 16,45% entre janeiro e fevereiro deste ano. Foto: Kelly Ventorim

A soja reduziu em 45% a participação nas vendas, caindo de 19,73% no início de 2017 para 9,35% no mesmo período de 2018. Em contrapartida, a participação do milho em grão subiu 291%, passando de 1,34% para 4,58%, enquanto que o faturamento chegou a US$ 30 milhões neste ano.

O minério de ferro retomou os patamares, revertendo a queda nas exportações de 2016, registrando alta de 94,28% entre janeiro e fevereiro de 2018. O volume exportado somou 674 mil toneladas, o que representa aumento de 43,28% em relação a anos anteriores, enquanto que o faturamento deste ano somou US$ 26 milhões.

Já as importações cresceram 23% nos dois primeiros meses de 2018 quando comparado a 2017. O gás natural da Bolívia continua sendo o principal item das importações do Estado, com 51%. O volume de gás importado aumentou 77%, chegando ao desembolso de US$ 209 milhões. Tecidos, produtos de metalurgia e carnes de bovinos são outros itens da pauta de importações.

Mercado

A China se mantém como o principal comprador dos produtos sul-mato-grossenses, com aumento de 22% na participação de janeiro e fevereiro de 2017 para o mesmo período de 2018. Mas o destaque fica para o Uruguai, que comprou o equivalente a US$ 25 milhões nos primeiros dois meses do ano, com aumento de 2.181%.

Segundo o MDIC, outros parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul que aumentaram as aquisições de produtos do Estado são Irã (87%), Chile (65%), Hong Kong (51%) e Estados Unidos (30%).

Responsável por 41,03% da receita de exportações sul-mato-grossenses neste 1° bimestre de 2018, a celulose somou US$ 272,160 milhões entre janeiro e fevereiro. Foto: Chico Ribeiro

Ao todo, a receita com os principais produtos comercializados ao exterior somou US$ 663,173 milhões, diante de US$ 405,420 milhões entre janeiro e fevereiro do ano passado, conforme dados divulgados pelo Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Web (Aliceweb), do MDIC. O volume embarcado para o mercado internacional pelo Estado apresentou aumento de 24,84%, passando de 1,632 milhão de toneladas para 2,038 milhões de toneladas

Responsável por 41,03% da receita de exportações sul-mato-grossenses neste primeiro bimestre de 2018, a celulose somou US$ 272,160 milhões entre janeiro e fevereiro, o que representa avanço de 70,96% no comparativo com o mesmo bimestre de 2017 (US$ 159,198 milhões) e o melhor desempenho para a matéria-prima neste período, desde a série iniciada pelo sistema do MDIC.

Em volume comercializado para o exterior, o produto também registrou crescimento, saindo de 397,435 mil toneladas no ano passado para 656,383 mil toneladas neste primeiro bimestre (+65,14%).

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