O vereador Alex do PT, líder do PT e presidente da Comissão de Indústria e Comércio da Câmara Municipal de Campo Grande, se reuniu na manhã desta terça-feira (12), em seu gabinete, com representantes do movimento sindical ligado à construção civil. O encontro aconteceu a pedido dos sindicalistas, para buscar a intermediação do vereador Alex do PT junto ao prefeito, para discutir com o segmento os prejuízos que a parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e o Exército irá gerar para o setor.

O argumento utilizado pelos sindicalistas é de que essa parceria, embora traga de alguma maneira economia aos cofres públicos, gera um agravo social no setor, contribuindo para a crise da construção civil. O fato é que sem a contratação de empresas especializadas para manutenção e recuperação das vias, o mercado de trabalho fica ainda pior, lembrando que em 2015 o setor amargou um dos piores momentos da história em relação a demissões.
Alex do PT pretende tentar marcar uma audiência com o prefeito Alcides Bernal, para discutir essa situação, que preocupa o setor da construção civil em Campo Grande. "Temos informações que o desemprego pode chegar a 200 profissionais de maneira direta com essa 'suspensão' de contratação de empreiteiras para a realização das obras. Não podemos generalizar a situação e atribuir aos problemas anteriores de corrupção, que estão sob investigação, motivo para se evitar a contratação do setor privado. Cabe à prefeitura fiscalizar a realização do serviço e com qualidade, garantindo assim, além do emprego no setor, também a qualidade dessa prestação de serviço", diz.
Tanto o Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), como o Sinticop/MS (Sindicato dos Trabalhadores na Industria da Construção Pesada e Afins de Mato Grosso do Sul), repudiaram por meio de nota o contrato com o Exército para execução de obras de recapeamento asfáltico na cidade. Eles pedem a reconsideração do acordo, pois sem a participação das empreiteiras na execução dessas obras, vai prejudicar ainda mais a geração de emprego no setor.
Participaram do encontro com o vereador Alex do PT, o presidente do Sindicato da Construção Civil, José Abelha Neto, o presidente do Sinticop/MS (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada e Afins de Mato Grosso do Sul), Walter Vieira, o presidente da Fetricom/MS ( Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de MS), Webergton Sudário, o “Corumbá” e o presidente da CUT Estadual, Genilson Duarte
Novo Pac
O governo federal, preocupado com a situação que vive o setor da construção civil, deverá anunciar em breve o "Novo Pac". Para o Planalto, a escolha pela construção civil deve-se à capacidade do setor de, uma vez estimulado, reagir mais rapidamente e, com isso, criar empregos. O setor foi o que mais eliminou postos de trabalho em 2015, com cerca de 500 mil demissões – o pior resultado da história.
Entre as principais demandas das empresas de construção civil para voltar a crescer estão a retomada de projetos como a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida e a quitação de obras já executadas. Há atrasos de até quatro meses no pagamento a empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia que gerencia mais de 1.000 contratos ativos e é dona do maior orçamento liberado pelo governo.
Estimular esse setor e, com isso, dar novo fôlego à economia, casa com a agenda política de 2016.
