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GERAL

Secretário do GDF questiona 'silêncio' sobre facções criminosas

22 janeiro 2020 - 17h27

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, enviou hoje (22) um ofício ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, solicitando esclarecimentos sobre uma possível ameaça que a presença de líderes de facções criminosas detidos na Penitenciária Federal de Brasília representa aos moradores do Distrito Federal.

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Segundo o documento, existe um risco iminente de ações criminosas que podem oferecer risco a toda a comunidade brasiliense. “Estamos próximos a um incidente que extrapola os muros da unidade prisional federal e tem a capacidade de expor a sério risco à vida, à tranquilidade e o patrimônio dos cidadãos que aqui residem”.

O secretário afirmou, ainda, que o silêncio de órgãos federais sobre o perigo que o crime organizado impõe ao Distrito federal é injustificado, e que há a necessidade de organizar as forças de segurança para “fazer frente a eventuais ameaças perpetradas por organizações criminosas”.

Críticas

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, já havia criticado o ministro Moro quando, em março de 2019, o traficante Marcola foi transferido para o DF. O ministro afirmou a época que havia um ‘receio exagerado’ sobre a situação.

Crime organizado

A Polícia Civil do Distrito Federal já havia deflagrado uma operação para conter o avanço do crime organizado no início de janeiro. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos 30 pessoas integram a célula da facção criminosa no Distrito Federal, mas nem todas foram identificadas. Segundo a polícia, os membros do grupo se dividiam em núcleos específicos de atuação para praticar diversos tipos de crime, como roubo e tráfico de drogas e de armas.

O objetivo principal, contudo, era estabelecer as condições necessárias ao desenvolvimento e consolidação do grupo na capital federal, para onde, no ano passado, integrantes da cúpula do PCC foram transferidos para cumprir pena em presídio federal de segurança máxima.

A penitenciária

Inaugurada em outubro de 2018, a Penitenciária Federal de Brasília é uma das cinco unidades de segurança máxima federais destinadas a isolar presos condenados e provisórios sujeitos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), líderes de organizações criminosas e réus colaboradores presos ou delatores premiados que correm risco de vida no sistema estadual.

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