
O tempo instável, com o céu pantaneiro nublado e o sábado amanhecendo com temperatura de 22 graus e vento, não é o bastante para alterar o clima quente do carnaval corumbaense. Na sexta-feira, mesmo com chuva, o Cibalena, maior bloco de sujos do Centro-Oeste, levou 30 mil pessoas às ruas. Hoje (22), começa a disputa para valer do desfile de rua, com a participação dos 11 blocos, a partir das 20h.

O “esquenta” de sábado ficou por conta da roda de samba, que começou ao meio-dia, no porto-geral, reunindo centenas de pessoas ao lado do chafariz. Enquanto corumbaenses e turistas – inclusive estrangeiros – caiam no samba, outras pessoas se divertiam em passeios de chalana pelo Rio Paraguai ou pescando. No mês de fevereiro é permitido o pesque e solte nos rios Paraguai e Paraná, opção de lazer que atrai centenas de pescadores ao Estado.
Passagem dos blocos oficiais lotam os camarotes e arquibancadas na Passarela do Samba. Foto: Sílvio de Andrade
A noite dos blocos
O carnaval corumbaense tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura, com a liberação de R$ 700 mil, distribuídos entre as escolas de samba, blocos e a prefeitura. O investimento total na folia pantaneira é de R$ 3,5 milhões, segundo a prefeitura, que estima um retorno financeiro para a cidade, com a movimentação da cadeia produtiva, de R$ 13 milhões. A rede hoteleira está lotada por foliões brasileiros e bolivianos.
Na noite deste sábado, o Praia, Bola e Cerveja abre o desfile oficial dos blocos carnavalescos, na Avenida General Rondon. Na sequência, desfilam Águia da Vila, Afro Samba Regaee, Nação Zumbi, Flor de Abacate, Os Intocáveis, Bola Preta, Vitória Régia, Oliveira Somos Nós, Arthur Marinho e Clube dos Cem. Às 23h está previsto a passagem do bloco independente Afoga o Ganso, rompendo a avenida com seu trio-elétrico. Fechando a noite, show ao vivo.
Na sexta-feira, a alegria dos milhares de foliões embalados por marchinhas carnavalescas, mesmo na chuva, mostrou que nada supera a paixão do corumbaense pelo samba. Mais uma vez o Cibalena, festejando 43 anos de fundação, empolgou, mantendo a essência dos antigos carnavais. “O Cibalena é o carnaval da comunidade”, sintetizou o empresário do bloco, Elias Ferreira da Silva. “A chuva ameaçou o desfile, mas o povão segurou a onda”, disse ele.
