
A pandemia pegou o mundo de surpresa. De uma hora para outra, nos vimos obrigados a ficar em casa, sem saber ao certo o que aconteceria e experimentando, ao mesmo tempo, o isolamento e o convívio constante com as pessoas que moram na mesma casa, mas que antes pouco víamos. O “bombardeio” de informações também nos afeta. Agora, passados três meses da quarentena, muitos têm buscado nos livros apoio e dicas de autoanálise para sair dessa realidade melhores do que quando entraram.

Mais do que autoajuda, os leitores buscam análises consistentes, de especialistas, sobre as relações e sentimentos que nos afetam (principalmente em uma pandemia), como o medo, a ansiedade, a relação com o tempo e a convivência.
“Compreender o que se passa em nosso interior, no entanto, não é algo fácil, e os sintomas podem mascarar mecanismos de compensação ou ganhos secundários que nem sempre a medicina detecta”, diz Carlos Afonso Schmitt, no livro “O poder da superação – Como recuperar a saúde e viver de bem com a vida” (Paulinas). Schmitt é filósofo, pedagogo, teólogo, terapeuta e autor de uma série de livros relevantes para o momento em que vivemos. Além de “O poder da superação”, lançou também “Viver sem pressa”, sobre o desafio de administrar nossa ansiedade, um mal constante em nossa vida em tempos de pandemia.
Schmitt discorre também sobre a fé, tão importante em momentos de incerteza e (por que não?) de agradecimento. Mas existe a fé e existe a crença. Schmitt lembra que, às vezes, ficamos presos a velhas crenças que podem atrapalhar nosso desenvolvimento pessoal. No livro “O fascinante poder de suas crenças”, o autor fala sobre a importância do “crer” sem que isso “amarre” a nossa vida.
Outro sentimento que, com certeza, perturba as pessoas na quarentena é o medo. Medo de ficar doente, de que alguém conhecido adoeça, de perder o emprego... “Quando um pensamento de medo toma conta de nós, nosso corpo cai em desequilíbrio psicofísico. Sentimo-nos fracos, vulneráveis, impotentes, divididos”, diz o sociólogo italiano Michele Moiso, autor do livro “Livres do medo – Cortando o mal pela raiz para uma verdadeira cura” (Paulinas).
Buscar esse tipo de leitura pode não valer por uma terapia, mas, com certeza, nos ajuda nas reflexões diárias. Outras formas de pensar, principalmente de especialistas em comportamento humano, nos ajudam a encontrar, em nós mesmos, soluções que nos fazem ver a vida com mais otimismo, sendo “um homem, uma mulher, um jovem ou uma criança que escolheram criar, aqui mesmo na Terra, o céu por antecipação. E isso é muito bom! Escolha experimentá-lo!”, como disse Carlos Afonso Schmitt.
