
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o professor Adlène Hicheur deveria ter tido sua entrada no Brasil bloqueada em 2013, quando chegou ao País para ser professor de Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Argelino, naturalizado francês e radicado no Brasil há três anos, Hicheur foi condenado em 2009 por planejar atentados terroristas na França.

“O currículo acadêmico preenche todas as exigências. É um pesquisador altamente qualificado, com produção científica intensa. O problema não é se ele é professor, engenheiro ou estudante. Quando foi ter acesso ao visto de entrada, a pesquisa sobre a vida dele tinha de ter sido feita. Se tivesse indício de que houvesse, como no caso, condenação por práticas terroristas, sua entrada deveria ter sido bloqueada”, disse.
Mercadante afirmou que sabia do caso há pelo menos três meses, quando ainda era ministro da Casa Civil, depois de contato da Polícia Federal com a pasta e com o Ministério da Educação para solicitar informações sobre o professor, de 39 anos.
Segundo o ministro, o reitor da UFRJ não fez qualquer contato sobre o caso com o Ministério da Educação.
Adlène Hicheur recebeu R$ 56 mil, entre 2013 e 2014, como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e hoje tem salário de R$ 11 mil na universidade.
