
O governo da Argentina lançou hoje (17) um documento com uma série de medidas econômicas e sociais para combater a inflação e reativar a economia. Entre as medidas estão o congelamento de preços de produtos básicos e de telefonia, além do compromisso em não aumentar tarifas de eletricidade, gás e transporte público até o fim deste ano.

No ano passado, a Argentina registrou inflação de 47,6%, a mais alta nos últimos 27 anos. Para 2019, o governo tem a meta de fechar o ano com 23% de inflação.
"Chegou o momento de trazer um pouco de alívio aos argentinos, que tantos esforços fizeram nestes meses difíceis para todos. (...) Seguimos convencidos de que para baixar a inflação a longo prazo - e terminar com este problema que temos há 75 anos - são indispensáveis as mudanças profundas e estruturais que viemos implementando nos últimos anos", diz o comunicado oficial do governo.
Cesta básica e carnes
O governo argentino chegou a um acordo com 16 empresas para que 60 produtos da cesta básica mantenham os preços por, pelo menos, seis meses. Entre os produtos estão óleo, arroz, farinha, macarrão, leite, iogurte, erva mate, chá, açúcar, polenta, biscoitos, geleias, conservas e bebidas. O congelamento nos preços passa a valer desde a próxima segunda-feira, dia 22. Os preços destes produtos serão fiscalizados pela Secretaria de Comércio Interior e estão com uma média de 25% de desconto.
Os frigoríficos argentinos se comprometeram a vender 120 mil quilos de carne por semana ao preço fixo de 149 pesos argentinos o quilo (cerca de R$ 14) na feira do Mercado Central. Para se ter uma referência, atualmente o Mercado Central vende cerca de 70 mil quilos de carne por mês, ou seja, cerca de 17,5 mil quilos por semana.
O acordo começará a valer em um prazo de 10 a 15 dias.