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Empresários e poder público discutem projeto Reviva Centro

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O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, reforça a necessidade de se flexibilizar a lei
O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, reforça a necessidade de se flexibilizar a lei - Divulgação

Um grupo formado por representantes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Conselho do Comércio Central da ACICG, Conselho Comunitário de Segurança da Região Central, CDL Campo Grande, Iphan e Prefeitura da Capital se reuniram no dia 31 de julho para discutir questões que afetam os empresários com relação ao Plano de Revitalização do Centro de Campo Grande.

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“Vemos a dificuldade dos empresários sobreviverem no centro desde que esse processo começou, mas muitos ainda lutam para se manter, querem que o Reviva aconteça, mas é muito importante que o poder público dê contrapartidas”, apontou o presidente do Conselho do Comércio Central da ACICG, André Eduardo Moretto.

A decisão de se criar uma comissão foi tomada no dia 25, quando diretores da Associação Comercial e do Conselho do Comércio Central da ACICG levaram ao secretário João Alberto Borges dos Santos, da Semadur, e ao diretor-presidente do Instituto Municipal De Planejamento Urbano (Planurb), Marcos Cristaldo, um documento com solicitações de alterações na legislação referente ao projeto que revitalizará o Centro.

A abertura para sugestões está prevista no item A 77 da secção V – programas de ações relativos à estratégia de melhoria da gestão urbana e ambiental, que diz “rever a legislação acerca dos instrumentos urbanísticos a serem aplicados nas ZEIC’s Centro, segundo o Anexo III da lei complementar n. 161 de 20/07/2010.

Entre as diversas reivindicações da classe empresarial do centro está, por exemplo, a permissão para colocação de anúncios promocionais em vitrines ou aberturas de edificação em qualquer modalidade, seja ele adesivo, papel, faixa de tecido, desde que tenha por objetivo promover a promoção dos produtos oferecidos pela empresa e que não passe o alinhamento predial.

O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, reforça a necessidade de se flexibilizar a lei para que os comerciantes não saiam da região, como vem acontecendo. “Os altos custos com alugueis, os entraves para se fazer reformas nos prédios - por ser uma área que está sob proteção de patrimônio histórico - a dificuldade de estacionamento, todos são fatores problemáticos que potencializam a falência ou migração dos empresários para outras áreas”, diz.

Durante o primeiro encontro, o diretor da ACICG, Luiz Afonso Ribeiro Assumpção, abordou a questão da necessidade de que o projeto tenha embasamento e preocupação com os aspectos antropológicos e sociais, considerando as interferências diretas na vida da comunidade.

Moretto chamou a atenção para o fato de que o maior patrimônio do centro não é a arquitetura, é o comércio. “Se mudanças não forem feitas o Reviva vai ser executado tardiamente, quando não haverá mais empresários; se hoje a dificuldade é a conquista da verba para obras, é preciso que a Prefeitura busque alternativas como parcerias público-privadas, por exemplo”, avalia o presidente do Conselho do Comércio Central da ACICG .

Diante das reivindicações, que contaram também com a participação da CDL Campo Grande, os dirigentes da Semadur e Planurb abriram espaço para reanalisar o projeto. “Eu entendo que a conclusão seria uma revisão do Plano de Revitalização do Centro, já está na hora de começarmos as tratativas para suas atualizações, como determina a lei”, evidenciou o diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano, Marcos Cristaldo, no primeiro encontro da comissão.

Para o secretário Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, João Alberto Borges dos Santos, “o consenso da maioria, da coletividade, é que vai mandar. Vamos criar um plano de trabalho para traçar metas”.

Os encontros do grupo de trabalho serão quinzenais e com temáticas específicas até que sejam estabelecidas soluções para amenizar os prejuízos à classe empresarial.

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