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GERAL

Comércio reage com produtos natalinos, mas já foca nas vendas de réveillon

17 dezembro 2017 - 19h30
Comper

Tradicionalmente o consumidor paulistano procura enfeites na região da 25 de Março nesta época do ano, mas tem reclamado dos preços pouco convidativos e antecipado as compras de acessórios para o réveillon. Segundo os comerciantes, a venda de produtos natalinos ocorreu principalmente nas duas primeiras semanas de dezembro. Agora, a maioria está à procura de acessórios para o ano-novo.

Segundo o diretor da Rei do Armarinho e da União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco), Pierre Sarruf, as vendas neste natal estão melhores, com expectativa de aumento de 5% em relação ao ano anterior.

Estima-se que 700 mil pessoas passem por dia pela 25 de Março, entre consumidores finais e atacadistas. "Em alguns dias, o número passa de 1 milhão. Mas a gente observa que o público se manteve em relação ao ano passado. No entanto, a população está menos endividada e gastando mais", disse Sarruf.

Vendedora há 23 anos, Luana Oliveira observa que os lustres metalizados e os enfeites de flocos de neve estão entre os itens mais procurados para o réveillon. Segundo ela, há clientes que gastam muito nesta época do ano. "Tem clientes que levam só um ou dois acessórios, gastam muito pouco. Mas há também pessoas que chegam a gastar até R$ 2 mil em itens para o Natal e o ano-novo. Alguns reclamam dos preços, mas com certeza está melhor que no ano passado", reforçou.

A funcionária pública aposentada Vera Martins vai passar o réveillon com as amigas em Goiás. Na região da 25 de Março, ela procura adereços inusitados. Um enfeite para o cabelo custa, em média, R$ 10. "Algo que dê muita alegria na entrada do ano. Quero algo impactante e com muito brilho. Mas acho que encareceu bastante, tanto que vou levar menos que no ano passado", destacou Vera.

Embora os lojistas calculem que o gasto médio por pessoa esteja em torno de R$ 70, a Univinco reforçou que não é possível confirmar ainda qual é o ticket médio de consumo nas compras de fim de ano.

O comerciante Pierre Sfeir avalia que 2017 foi um ano bom, apesar da crise financeira e política que o País enfrenta. "As vendas para o Natal começaram em novembro e foram até 5 de dezembro. Os produtos natalinos que mais saíram foram presépios, itens de decoração, Papai Noel subindo escada. Agora, estamos com foco no ano-novo. No réveillon as pessoas viajam para a praia e para o interior e costumam levar enfeites como pisca-pisca e máscaras para entrar o ano com muito brilho", avaliou o comerciante.

De acordo com Sfeir, o consumo médio está em torno de R$ 70 por pessoa. Para 2018, ele mantém o otimismo: "Temos o Carnaval em fevereiro e logo em seguida temos a Copa do Mundo".

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima um aumento de 5% no movimento de vendas em relação ao período natalino de 2016. O resultado, no entanto, que abrange o comércio varejista da capital paulista, não recupera as perdas decorrentes da recessão econômica, mas é o melhor dado dos últimos três anos.

"O ano de 2017 foi de transição. Começou com quedas de 5% no varejo e fechará com alta de 5%. Começou com a taxa básica de juros na casa dos 14% e deve fechar o ano com 7%. Há uma significativa melhora macroeconômica, que pavimenta o caminho para que o comércio e a economia cresçam de maneira mais consistente em 2018", afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

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