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COMUNISMO

China determina que organizações religiosas obedeçam Partido Comunista

Ativistas relatam aumento do controle sobre centenas de igrejas desde posse de Xi Jinping

24 abril 2016 - 12h45Da redação com informações Estadão
O governo chinês afirma que os cidadãos gozam de liberdade de culto, mas que existe uma ameaça terrorista em Xinjiang por conta da presença de extremistas islâmicos
O governo chinês afirma que os cidadãos gozam de liberdade de culto, mas que existe uma ameaça terrorista em Xinjiang por conta da presença de extremistas islâmicos - Divulgação

As organizações religiosas chinesas devem obedecer ao Partido Comunista, afirmou o presidente do país, Xi Jinping, em uma reunião dedicada ao tema, disse a imprensa estatal neste domingo. A determinação do governo é que os integrantes do partido sejam inflexíveis ateus marxistas e se protejam das influências estrangeiras que chegam por meio da religião.

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— Os grupos religiosos devem aderir à liderança do Partido Comunista da China — disse Xi a altos funcionários do partido único em uma conferência de dois dias que terminou no sábado, segundo a agência de notícias Xinhua. — Deveríamos guiar e educar os círculos religiosos e seus seguidores com os principais valores socialistas.

Na China, vivem centenas de milhões de budistas, cristãos e muçulmanos. Enquanto deseja guiar estes grupos, o Partido Comunista reprime organizações religiosas não oficiais.

Desde que Xi Jinping chegou ao poder em 2012, o governo adotou uma linha mais dura a respeito da sociedade civil e das religiões.

Na província de Zhejiang, na região leste do país, as autoridades demoliram várias igrejas e retiraram crucifixos nos últimos anos. A iniciativa afetou centenas de paróquias, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.

Já em Xinjiang, região chinesa de maioria muçulmana, fontes locais afirmam que o controle está mais rígido sobre a prática do jejum durante o mês do Ramadã.

O governo chinês afirma que os cidadãos gozam de liberdade de culto, mas que existe uma ameaça terrorista em Xinjiang por conta da presença de extremistas islâmicos.

Nos anos 1970, Pequim desistiu de erradicar a religião organizada e optou por controlar a prática religiosa através dos templos, igrejas e mesquitas autorizados. Estas instituições propagam um discurso que mistura teologia com a retórica comunista.

(Da redação com informações Estadão)

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