
O bloqueio interno na Bolívia, em Puerto Suárez, na estrada Bioceânica, entrou no quinto dia neste domingo (12), e a fila de caminhões só aumenta. Até sábado (11) pouco mais de 250 carretas que seguiam em direção à fronteira entre Corumbá e o país vizinho estavam enfileirados na via que liga a Bolívia ao Brasil.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deve enviar um documento para ser avaliado pelos manifestantes sobre as reivindicações de ampliação e compra de equipamentos para o hospital San Juan de Dios. “Também é exigido que os representantes dos governos nacional e departamental venham à região para conhecer de perto o hospital e ver a real necessidade estrutural”, afirmou o presidente do Comitê Cívico de Puerto Suárez, Humberto Miglino Rau.
Apesar da infraestrutura física, a unidade de saúde está “vazia”, sem condições clínicas para atender pacientes da pandemia de Covid-19 e o hospital mais próximo fica a mais de 600 quilômetros de distância, em Santa Cruz de La Sierra.
Por tal motivo, muitos doentes bolivianos acabam entrando em território brasileiro, por trilhas clandestinas, para buscar atendimento em clínicas particulares e na Santa Casa de Corumbá, já que a fronteira dos dois países está fechada desde março por causa da pandemia de coronavírus e somente caminhões com cargas podiam passar até o início da mobilização.
O bloqueio interno na Bolívia é por tempo indeterminado. A linha férrea também está bloqueada na fronteira.
Informações do Jornal Diário Corumbaense*
