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SUSTENTABILIDADE

Artesã reaproveita sacos de cebola para confecção de ecobags

Linha de produtos ecológicos ganha vida com produção feita por grupo de mulheres

5 fevereiro 2020 - 15h53Da Redação com Assessoria
O modelo ipê: o lixinho é de embalagem de cebola reaproveitada com detalhe na estamparia artesanal. As flores do ipê são de embalagem de laranja reaproveitada
O modelo ipê: o lixinho é de embalagem de cebola reaproveitada com detalhe na estamparia artesanal. As flores do ipê são de embalagem de laranja reaproveitada - Foto: Divulgação/Assessoria

Sacos usados para embalar cebolas, ao invés de serem jogados no lixo, passaram a ter serventia nas mãos de um grupo de mulheres da Capital, que transformam o material em ecobags, bolsas e lixeirinhas para carros. A ideia surgiu há pouco mais de dois anos pela artesã e empresária Isabel Muxfeldt, que criou uma linha de produtos sustentáveis cuja matéria-prima são as embalagens que seriam descartadas e que agora são fonte de renda e ajudam o meio ambiente.

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Isabel lembra que sempre se preocupou com a questão da destinação correta dos resíduos e pensava em uma maneira de colaborar com o futuro do planeta por meio de uma ação concreta. A partir disso, ela criou a Eco Linhas, um negócio social que utiliza o artesanato como ferramenta de resgate e geração de renda para um grupo de mulheres de baixa renda do bairro Jardim Noroeste. Por meio da produção, elas conseguem uma fonte de renda para complementar o orçamento familiar.

Para tirar o projeto do papel, ela contou com auxílio do Living Lab, projeto colaborativo iniciado pelo Sebrae/MS, que desenvolve ideias inovadoras e startups em Mato Grosso do Sul. "Um dos objetivos é usar o excesso de resíduos descartados, principalmente dos supermercados, na confecção de produtos, gerando trabalho e renda, bem como um impacto socioambiental positivo, dentro da economia criativa", pontua Isabel.

O principal "ingrediente" para a confecção dos produtos são doados pelo Fort Atacadista, que separa, em média, 80 sacos por semana para a iniciativa da artesã. Cada saco pode se transformar em uma ecobag ou em duas lixeirinhas para carro. "Escolhemos o esse material por ser o mais resistente, mas também utilizamos embalagens de batata, laranja, big bags de açúcar, por exemplo, para criarmos outros produtos, que vão desde brindes corporativos a sacolas para congressos", explica.

A coordenadora de marketing regional do Fort Atacadista, Rafaellen Duarte, destaca que apoiar iniciativas como esta é uma das preocupações da rede. "O objetivo é mostrar que todos nós podemos ter cuidado com o meio ambiente e com o próximo. Incentivando essas ações, o Fort incentiva, ainda, que cada um faça a sua parte para que possamos viver em um mundo melhor", acredita.

Os produtos são vendidos em feiras e eventos. Além disso, a empreendedora mantém um perfil no Instagram para comercializar os itens, o @ecolinhas. Isabel enfatiza, ainda, que o negócio atende aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), produzindo trabalho digno e crescimento econômico, redução das desigualdades, além de produção e consumo responsáveis.

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