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PRÊMIO ANA

ANA premia hoje projetos de gestão e uso sustentável dos recursos hídricos

6 dezembro 2017 - 18h11
Comper

A Agência Nacional de Águas (ANA) premia, na noite desta quarta-feira (6), em Brasília, nove projetos de todo o país que combatem a poluição, o desperdício de água e contribuem para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos. Este ano, a premiação tem nove categorias e avaliou ações de empresas de ensino, pesquisa, governo e imprensa. Vinte e sete trabalhos de 12 estados e do Distrito Federal foram selecionados para a final.

O presidente da Comissão Organizadora da 6ª edição do Prêmio ANA, Horácio Figueiredo, destacou a importância do evento para dar visibilidade a bons projetos. “A ideia é dar um selo de qualidade, chancelar iniciativas de preservação dos recursos hídricos. De fato, há uma valorização e reconhecimento muito grande por parte da mídia e da sociedade dos projetos finalistas e vencedores, que alavancaram novos recursos e fontes de financiamento após a premiação”, disse.

Figueiredo avalia que o tema água tem ganhado uma importância cada vez maior, especialmente nos últimos três anos, após a crise hídrica chegar a locais que nunca haviam enfrentado o problema, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Finalistas

Na categoria Pesquisa e Inovação Tecnológica, um dos três finalistas é o projeto Produção agrícola familiar utilizando rejeito da dessalinização da água salobra como suporte hídrico, da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró (RN).

O projeto existe desde meados de 2014 e foi criado com o objetivo de verificar a viabilidade do uso do rejeito da dessalinização da água salobra na região do Semiárido em sistemas de produção agrícola. A escassez de água na região representa um desafio para a produção de alimentos e requer, além do uso racional da água, o aproveitamento de fontes alternativas.

Ao longo dos anos, programas do governo federal, como o Água Boa, instalaram estações de tratamento de água salobra em áreas ruais da região, processo que resulta em um rejeito altamente salino e poluente.

O projeto finalista apresentou resultados satisfatórios na criação de tilápias em viveiros, em que a água de rejeito salino é usada, e também na implantação de horta comunitária, que usa o rejeito salino como suporte hídrico após passar pelos tanques de peixes. A iniciativa foi testada na Comunidade Serra Mossoró e no Projeto de Assentamento Santa Elza, também no mesmo município.

Outro finalista, este na categoria Ensino, é o Projeto Rio Manoel Alves Pequeno: Limpar para Conservar, da Associação Apoio Colégio Estadual de Itacajá, em Tocantins. Desde 2002, o projeto realiza mutirões para limpar o município e o Rio Manoel Alves Pequeno.

O projeto ganhou relevância na cidade desde sua implantação, pois conscientizou estudantes, ribeirinhos e a população em geral sobre a importância de cuidar do rio, fundamental para o abastecimento da cidade, além de ser atração turística. Ao longo de 15 anos, desde a criação da ação, o número de caçambas de lixo retiradas das margens do rio tem diminuído ano após ano.

Os projetos finalistas estão disponíveis na internet.

Prêmio

Os nove vencedores vão ganhar uma viagem para participar do 8° Fórum Mundial da Água, o maior evento global sobre recursos hídricos e que em 2018 terá como tema Compartilhando Água. A próxima edição ocorrerá em Brasília, entre 18 e 23 de março. Pela primeira vez, será sediado no Hemisfério Sul. São esperados cerca de 30 mil representantes de mais de 100 países para discutir os desafios mundiais relacionados a água. Durante o encontro, os ganhadores do Prêmio ANA terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos.

Além disso, os vencedores vão receber um troféu feito por um reconhecido mestre vidreiro italiano, Mario Seguso.

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