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Alerta

Amamentação cruzada pode transmitir doenças infectocontagiosas

29 abril 2015 - 14h08Editor
Na impossibilidade da amamentação, o mais indicado é que a mãe possa usar uma complementação com uma fórmula infantil adequada para a idade.
Na impossibilidade da amamentação, o mais indicado é que a mãe possa usar uma complementação com uma fórmula infantil adequada para a idade. - Divulgação

A amamentação cruzada está ganhando cada vez mais espaço entre as mães, principalmente após a campanha do Unicef sobre a importância do leite materno para a saúde dos bebês. Mas o médico nutrólogo e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN, Dr. Carlos Alberto Nogueira de Almeida, alerta para os riscos que essa prática pode trazer, principalmente a transmissão dedoenças infectocontagiosas, entre elas o HIV e a hepatite.

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“A campanha do Unicef ressalta o valor do leite materno, mas não recomenda a amamentação cruzada. Se analisarmos a atividade somente pelo aspecto nutricional, ela não é contraindicada, pois o leite materno é, sem dúvida, o melhor alimento para o bebê, mesmo quando não é da própria mãe. O risco está na possibilidade de contaminação, que é muito grande, e pode colocar a vida em perigo”, explica o médico nutrólogo.

O leite materno é o alimento mais completo e dispensa outra dieta até os seis meses de vida. Em casos raros, pode apresentar variações e não fornecer todos os nutrientes necessários. “É extremamente incomum uma mãe não produzir o leite adequado ao seu filho. Em algumas situações, em que ela apresenta desnutrição grave ou doenças próprias da mama, pode haver menor produção do que o desejado ou com menos nutrientes”, afirma o médico nutrólogo.

Segundo o vice-presidente da ABRAN, “na impossibilidade da amamentação, o mais indicado é que a mãe possa usar uma complementação com uma fórmula infantil adequada para a idade”. Além disso, elas têm à disposição os bancos de leite, que seguem todos os procedimentos de avaliação e de segurança para que não ocorra nenhuma transmissão de doenças infectocontagiosas. Dentro de um ambiente controlado, o leite doado é testado, pasteurizado e oferecido às crianças de alto risco ou prematuras.

“Em outros casos, como da produção de um leite pobre em DHA, por exemplo, ela deve procurar um especialista que pode indicar o consumo adequado de fontes de ácidos graxos e Omega3 para reverter o processo”, explica. A recomendação, de acordo com o Dr. Nogueira, é que as mães que não conseguem amamentar os filhos adequadamente procurem um especialista para tentar descobrir a origem do problema e, primeiramente, tentar reverter a situação. Caso contrário, elas devem seguir as orientações do pediatra, procurar os bancos ou as fórmulas infantis mais adequadas.

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