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ECONOMIA

Taxas de juros cortam prêmios antes do Copom, com dólar fraco e alívio externo

20 junho 2018 - 08h59
Comper

O mercado de juros dá continuidade aos ajustes da véspera, cortando prêmios da curva de juros, em meio ao recuo do dólar diante da trégua comercial externa e das crescentes apostas em manutenção da taxa Selic pelo Copom no fim da tarde desta quarta-feira, 20.

As taxas podem estar atestando ainda certo cansaço dos investidores em meio ao sucesso das bilionárias intervenções coordenadas do Tesouro Nacional e do Banco Central com ofertas de títulos e operações compromissadas.

Mais cedo, após a abertura, houve apenas um ajuste pontual de alta da moeda americana, que adicionou um viés positivo às taxas curtas e longas, mas que foi rapidamente apagado.

A precificação da curva dos DIs fechou a terça-feira (19) com 70% de chance de manutenção do atual patamar da taxa básica de 6,50% contra 30% de probabilidade de alta de 0,25 ponto porcentual. Ainda assim, atestam que a atividade fraca e a inflação baixa justificariam a Selic estável.

De outro lado, o quadro interno de incertezas eleitorais e na economia pode estar limitando um recuo maior das taxas de juros e do dólar, disse um operador de uma corretora. Além disso, investidores estão de olho na Câmara dos Deputados, que pode votar projeto de lei da cessão onerosa nesta manhã. Também devem estar na pauta do plenário o requerimento de urgência para votação do projeto de lei que equaciona pendências e destrava a venda das distribuidoras da Eletrobras.

Daqui a pouco, o Tesouro inicia sua atuação diária: oferta até 3 milhões de LTN para compra e até 500 mil para venda (10h30); até 2 milhões de NTN-F para compra e até 300 mil para venda (11h30); até 1 milhão de NTN-B para compra e até 300 mil para venda (12h30).

Às 9h25 desta quarta-feira, o DI para janeiro de 2019 estava a 7,000%, de 7,035% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2020 indicava 8,47%, de 8,56% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2021 a 9,48%, de 9,58% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 caía a 10,88%, de 11,04% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista recuava 0,60% no mesmo horário, aos R$ 3,7250, enquanto o dólar futuro de julho cedia 0,63%, aos R$ 3,7280.

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