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ENERGIA LIMPA

Projeto pode zerar consumo de energia elétrica com placas fotovoltaicas

Com a conta de luz em mãos, o público presente fez fila para, auxiliado por técnicos do Senai, realizar uma simulação para estimar a economia na conta de luz

8 agosto 2017 - 08h21Da Redação com assessoria
Presidente da Fiems, Sérgio Longen
Presidente da Fiems, Sérgio Longen - Divulgação
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De olho nas possibilidades de zerar o consumo de energia elétrica, empresários e consumidores residenciais lotaram o térreo do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), para conhecer o projeto “Sistemas Fotovoltaicos”, lançado na noite desta segunda-feira (7) pelo Senai, em parceria com a Famasul, Faems, Amas, Sebrae/MS e Banco do Brasil.

Com a conta de luz em mãos, o público presente fez fila para, auxiliado por técnicos do Senai, realizar uma simulação para estimar a economia na conta de luz, além de entender como funciona o trabalho da instituição quanto à elaboração de um projeto para implantação de um sistema fotovoltaico, orientando, de maneira técnica, sobre fatores como preços de mercado, linhas de financiamento disponíveis e viabilidade da instalação.

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, entender melhor o sistema fotovoltaico é uma grande oportunidade para a população sul-mato-grossense, que ainda desconhece as vantagens de investir em um projeto de energia solar que traz retorno financeiros, além de ser sustentável.

“A conta de energia está cada vez mais cara para a população, então é preciso analisar as alternativas que temos à disposição. A geração de energia solar é uma delas e transformá-la em produção de energia fotovoltaica para atender empresas industriais, fazendas e residências representa, acima de tudo, uma oportunidade de negócios. Por isso, é importante mostrar para a sociedade de que forma nós podemos utilizar o painel fotovoltaico e é justamente o que viemos fazer hoje, mostrando, inclusive, financiamentos e simulando a redução de custos para o consumidor”, declarou Sérgio Longen.

Representando o governador Reinaldo Azambuja, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, avaliou que, com o projeto, o Senai está contribuindo para levar Mato Grosso do Sul por um caminho mais sustentável. “É exatamente este caminho que buscamos, o da sustentabilidade. Ouvimos hoje notícias extremamente positivas para o nosso Estado, porque este projeto vai dirimir muitas dúvidas daqueles que têm interesse em investir na conversão para a energia fotovoltaica”, opinou.

Alternativa

Diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero destacou o apelo do projeto, em razão de toda a sociedade se interessar por alternativas que possibilitem a redução de custos. “Esta é mais uma solução que vem agregar ao portfólio de serviços do Senai, que são de interesse primordialmente da indústria, mas também da sociedade como um todo. O custo energético interfere em todo o setor produtivo, seja da indústria, comércio e serviços, então o apelo é muito grande, porque tudo que se pode oferecer em termos de solução para reduzir os custos de produção é de interesse geral. O Senai se preparou e tem uma solução que é aderente aos anseios da sociedade, inclusive os consumidores residenciais, basta verificar, em uma simulação simples, que existe uma viabilidade de investimento, e que ele se paga em pouco tempo”, pontuou.

O gerente do Senai Empresa, Rodolpho Mangialardo, apresentou aos presentes como funcionará o projeto, esclarecendo que o uso da energia solar em qualquer tipo de unidade consumidora é promessa de economia, no entanto, não é possível, precisar em quanto a conta de luz será reduzida com a instalação dos painéis, o que depende de uma série de fatores, como a média de consumo mensal, variação nos preços da energia e a imprevisibilidade do clima. Porém, a diminuição de gastos varia entre 50% e 95%.

“Não é possível economizar até 100% na conta de luz porque só com o fato de estar conectado à rede de energia gera um consumo mínimo, ou se houver variação da incidência de luz solar, o que também influencia. No entanto, o consumo de energia elétrica pode, sim, ser zerado e todo esse excedente, que é injetado na rede elétrica, pode ser usado no prazo de cinco anos, ou comercializado. E existe também a possibilidade de essa energia ser consumida em outras propriedades, como um segundo imóvel, uma fazenda, nas fazendas, desde que vinculado a um mesmo CNPJ ou CPF”, explicou o gerente do Senai Empresa, responsável pela gestão do projeto dos sistemas fotovoltaicos.

Empresários

Para empresários, o projeto pode ser financiado via FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-oeste), linha de crédito do Banco do Brasil, enquanto pessoas físicas podem contrair financiamentos comuns para custear a instalação das placas solares, em qualquer instituição financeira, acrescentou Mangialardo, que percorrerá 20 municípios do Estado, até o final de outubro, para disseminar o projeto.

O superintendente-regional do Banco do Brasil, Glaucio Zanettin, afirmou que, no âmbito do FCO, as taxas do financiamento variam de 6 a 8% ao ano, e o prazo de pagamento é de até 12 anos, com até três de carência. “É um investimento cuja média de retorno é de sete anos, mas a redução na conta de luz é imediata e o investimento acaba sendo pago automaticamente pelo dinheiro economizado com o corte de custos. É uma excelente oportunidade de investimento e uma grande sacada do Senai puxar a fila desta alternativa na geração de energia, que vai ao encontro do desenvolvimento, é limpa e traz equilíbrio à matriz energética do país. No mínimo, todos deveriam ao menos estudar a energia fotovoltaica, conhecer melhor esse sistema”, recomendou.

O Sebrae/MS, via programa SebraeTEC, por sua vez, visa incentivar a adesão de micro e pequenos empresários ao projeto, explicou o superintendente Claudio Mendonça, completando que o Sebrae subsidia até 80% da consultoria do Senai, além de facilitar o pagamento dos 20% restantes, via cartão de crédito. “Fizemos questão de participar deste projeto porque queremos incluir o pequeno empresário neste processo, tanto o rural quanto o urbano. Para um investimento que se paga em cerca de sete anos, enquanto uma placa de energia solar tem vida útil de 25 a 30 anos, não há dúvidas de que é muito vantajoso”, salientou.

Simulação

O casal de produtores rurais Alceu Rodrigues dos Santos, 52 anos, e Nilza Aparecida da Costa dos Santos, 51 anos, viajou do município de Jaraguari depois de ouvir no rádio que o Senai faria a simulação de economia na conta de luz. “A conta está vindo muito cara lá em casa. Somos em quatro e estamos gastando quase R$ 300, então viemos conhecer. É bastante interessante, temos que colocar na conta do lápis para ver se damos conta, mas parece muito bom”, analisou Alceu, depois de constatar que, nos primeiros meses após a instalação de uma placa de energia solar de dois metros quadrados poderia economizar cerca de R$ 100 na conta.

Já o proprietário de um mercado na Capital, Marcelo Orlandes, se interessou pela história de outro empresário do mesmo ramo, Nivaldo Shirado, que viu conta de energia despencar de R$ 9 mil mensais para pouco mais de R$ 130 após instalar um conjunto de placas fotovoltaicas no hortifrúti, localizado no Conjunto Arnaldo Estevão de Figueiredo. “Vi no Facebook do Senai e resolvi ver de perto como funcionava. No meu caso a redução inicial na conta seria de 60%. Compensa muito no longo prazo”, avaliou.

Serviço – Mais informações pelo telefone 0800-7070745

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