
Integrantes do governo negam que a proposta de Previdência dos militares tenha sido reduzida após a inclusão da reestruturação das carreiras das Forças Armadas. Segundo a proposta enviada hoje para o Congresso, a economia líquida para os cofres públicos, em dez anos, corresponderia a R$ 10,45 bilhões, considerando a economia de R$ 97,3 bilhões com a reforma previdenciária dos militares, menos o custo de R$ 86,85 bilhões decorrente da reestruturação.

De acordo com o secretário adjunto da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, a reestruturação da carreira e a reforma previdenciária são duas coisas diferentes e foram apresentadas no mesmo projeto por uma questão de transparência. “Nós cumprimos o combinado. Todos os ajustes no regime de proteção social serão feitos. O projeto é um só, mas trata de coisas diferentes. Estamos tratando em conjunto por uma questão de transparência e, mesmo em conjunto, o impacto é superavitário”, disse.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que os militares são comparados aos policiais, professores e trabalhadores rurais como uma categoria específica que, dessa forma, merece um tratamento específico.
“Nós, desde o início, dissemos que tratar os desiguais de forma desigual é dever de justiça. Reconhecendo a especificidade da carreira, estamos apresentando uma correção na estrutura operacional das Forças Armadas. Não tenho duvida de que o projeto representa a média do sentimento do governo e também respeita a especificidade da carreira, a exemplo do que estamos fazendo com outras categorias”, disse Marinho.