Com cerca de 6 mil trabalhadores em seu quadro de funcionários, a indústria de metal-mecânica de MS, Metalfrio demitiu 180 trabalhadores só na semana passada. A indústria localizada em Três Lagoas e que tem uma média de 1.100 funcionários em seu quadro, foi a primeira a dispensar os funcionários em meio a pandemia, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, de Mecânica e Materiais Elétricos de MS.
Ao portal A Crítica, o secretário do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais Elétricos de MS (STIMMMEMS), Beto Sebastião, alega que as empresas estão entrando em acordo com muitos funcionários para a suspensão do trabalho.
"Provavelmente vai ter mais. A demissão começou na semana passada e agora eles estão fazendo acordo com muitos funcionários para a suspensão de contrato de trabalho, redução de salário, dando férias coletivas", afirma. Segundo sindicalista, não houve uma estabilização na área eles optaram pela suspensão do contrato de trabalho principalmente para os que foram contratados no começo do mês e que já cumpriram os três meses de experiência.
Empresas como a Soprano também já está fazendo um acordo de demissão e até mesmo da redução de jornada de trabalho. "Está tendo uma procura muito grande no sindicato. Ambos os lados estão sendo prejudicados, e as empresas estão tentando achar uma solução para não fazer a demissão em massa", explica.
O presidente do sindicato, Robson Freitas, alega que a Metalfrios já vem passando por uma situação delicada antes mesmo da pandemia. “Eles, que produzem freezers para empresas como Ambev e com a baixa demanda, estão com muitos produtos parados. Uma situação bem difícil”, salienta. Na sexta-feira (17), ele vai até Três Lagoas para uma reunião com a empresa.
Ele destaca também que o sindicato está entrando com uma ação em uma indústria que vem se aproveitando da situação para passar o “facão” no quadro de funcionários. “Estamos com o caso de uma outra indústria que está mandando funcionários tirar férias, e quando os trabalhadores voltam são pegos de surpresa com a carta de demissão”, acrescenta.
Na Capital, ele informa que não há informação de demissões, mas que algumas estão entrando em contato com o sindicado para garantir o emprego dos funcionários.
