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ECONOMIA

Ibovespa rompe novo patamar histórico e fecha a 81.189,16 pontos

Os bons ventos e recursos vindos do exterior encontraram ambiente tranquilo com agenda esvaziada na cena doméstica

17 janeiro 2018 - 17h43
O Brasil, agora, consegue acompanhar e se beneficiar desse momento
O Brasil, agora, consegue acompanhar e se beneficiar desse momento - Foto: Fechamento do dia
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O Ibovespa nem bem esquentou no patamar dos 80 mil pontos, que visitou na terça-feira, 16, e já furou uma nova barreira histórica de pontuação. Fechou o pregão desta quarta-feira, 17, com valorização de 1,70%, aos 81.189,16 pontos.

Os bons ventos e recursos vindos do exterior encontraram ambiente tranquilo com agenda esvaziada na cena doméstica. As blue chips, preferidas dos investidores não-residentes, mostraram valorização relevante e deram a tônica à sessão de negócios, com Petrobras ON e PN subindo 3,62% (R$ 19,47) e 4,02% (R$ 18,36), respectivamente. Destaque também para o setor financeiro, que tem peso de 25% no índice, onde Bradesco PN subiu 2,5% (R$ 36,89) e Banco do Brasil ON, 2,37% (R$ 35,42).

Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos, ressalta que a forte valorização dos papéis da Petrobras estava atrelada tanto à alta do petróleo no mercado internacional quanto a notícias corporativas relacionadas à negociação para chegar a um acordo da estatal e a União que envolve cessão onerosa no processo de capitalização que acrescentou R$ 120 bilhões à petroleira em 2010.

Sobre os recordes consecutivos, Alexandre Espírito Santo, economista da Órama e professor de finanças do Ibmec-RJ, afirma que não existe uma única explicação, mas várias que se complementam nesse contexto. A primeira delas, diz, é que a liquidez internacional é forte e o dinheiro está barato. "Tanto que os mercados lá fora estão fazendo o melhor janeiro em muitos anos, com bolsas batendo recordes dos Estados Unidos à China", ressaltou, lembrando que os investidores, no curto prazo, não veem mudanças nessa situação.

O Brasil, agora, consegue acompanhar e se beneficiar desse momento. Espírito Santo lembra que, diferentemente dos anos 2014 e 2016, não há uma crise política e econômica instalada que tire o país do apetite por risco visto no cenário internacional. "Pelo contrário, a perspectiva de crescimento do país é boa e estamos com a menor taxa básica de juros da história, o que desloca investimentos da renda fixa para a renda variável."

Álvaro Bandeira, economista-chefe da ModalMais, complementa que o apetite pelo risco ganha força também com a cena global em recuperação, todas as economias melhorando. Hoje, especificamente, ele citou os dados de produção industrial nos Estados Unidos, que vieram mais fortes que o esperado corroborando com as perspectivas positivas. "Há uma recuperação de lucratividade de empresas no mundo inteiro. E, no início de ano, os investidores buscam arriscar um pouco mais porque dá tempo de corrigir depois. Isso justifica a propensão ao risco maior em todo mundo e aqui também."

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