
Com o novo ano, a pesquisa da cesta básica realizada pelo DIEESE no mês de janeiro em Campo Grande apresentou a sétima variação percentual e o sétimo custo entre as dezessete capitais pesquisadas. Com variação de 1,76%, a cesta teve custo de R$ 458,00 - um aumento de R$ 7,92 em relação ao valor desembolsado para aquisição dos itens alimentícios no mês de dezembro.

Na análise comparada entre os meses de janeiro de 2019 e de 2020, a variação foi de 10,41%. No mesmo período do ano anterior, a cesta básica para um indivíduo na capital morena teve custo de R$ 414,83, uma diferença a menor de R$ 43,17 em relação à cesta do primeiro mês de 2020.
Em janeiro, no que se refere à cesta familiar - destinada ao atendimento de uma família composta por dois adultos e duas crianças, o custo foi de R$ 1.374,00, um aumento de R$ 23,76. Em relação aos valores observados em 2019, o aumento foi de R$ 124,51, posto que a cesta familiar teve custo total de R$ 1.244,49.
O custo da cesta familiar apresentou uma equivalência de 1,32 vezes com o salário mínimo bruto2 -, uma redução em 0,03 p.p. na comparação com dezembro. Já o nível de comprometimento do salário mínimo líquido3 para aquisição de uma cesta básica teve uma redução em 1,11 p.p., uma vez que o percentual passou de 49,02% em dezembro para 47,91% em janeiro.
No primeiro mês de 2020, os trabalhadores que recebem um salário mínimo tiveram redução na jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica: foi necessário trabalhar 2 horas e 14 minutos a menos em relação à dezembro, posto que a jornada foi de 96 horas e 59 minutos.
Em relação aos preços, foram observadas quatro baixas e nove altas. As retrações foram registradas nos preços de Batata (-11,15%), Carne (-4,69%), Farinha de trigo (-0,92%) e Pãozinho francês (-0,45%). Em 12 meses, o tubérculo registrou queda (-17,79%) e a carne bovina alta (25,12%). Mesmo com variação negativa, o preço médio do quilo da carne foi de R$ 26,00 – no mesmo mês do ano passado, o preço médio ficou na casa dos R$ 20,78.
Entre os itens que subiram de preços, o destaque é a Banana (22,55%) – e que registrou a maior variação anual também (28,66%), seguidos por Feijão carioquinha (17,89%), Óleo de soja (9,95%), Açúcar cristal (4,79%), Manteiga (4,07%), Arroz (3,64%), Leite de caixinha (3,58%), Café (3,39%) e Tomate (3,07%).
Em 12 meses, o Café e o Tomate registraram retração de preços: (-10,28%) e (21,13%), respectivamente. Os preços médios destes produtos em janeiro de 2020 foram de R$ 7,13, por 500 gramas de café, e R$ 3,36, por 1 quilo do fruto.
