
A partir da próxima quarta-feira (1º), o custo da energia elétrica em MS terá um reajuste de 6,9%. A decisão do reajuste já havia sido adiada em abril da pandemia do novo coronavírus. Do outro lado, o Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa (Concen-MS) entrou com um recurso contra a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

"Solicita-se, portanto, que a Aneel atenha-se ao estabelecido no que está regulado e leve em conta dados atualizados para o cálculo de Risco Hidrológico retificando os cálculos e reduzindo o valor desse efeito nos Componentes Financeiros do processo atual de 3,03% para 0,92%, reduzindo o reajuste tarifário de 6,90% para 4,76%”, consta do recurso do Concen.
Apesar do reajuste chegar aos consumidores a partir do dia 1º, a distribuidora não vai ficar sem arrecadar neste período, em que vai fazer o diferimento da parcela da Conta de Desenvolvimento Energético. O montante é de R$ 42 milhões e será recomposto nos seis meses subsequentes com aplicação da taxa Selic. O efeito financeiro será sentido pelo consumidor na RTA de 2021.
O recurso ingressado pelo Concen, pontua quanto ao risco hidrológico, que, sozinho, representa 40% deste cálculo. Isso porque, conforme admitido pela própria Aneel, tal risco foi sobrecalculado, sem considerar as chuvas abundantes que mantiveram os reservatórios de hidrelétricas cheios neste início de ano e também a queda de demanda em função da pandemia.
