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ECONOMIA

Cesta básica de novembro teve pequena elevação dos preços em Dourados

O levantamento foi feito na última semana de novembro e primeira semana de dezembro

12 dezembro 2018 - 10h54Da redação com informações da assessoria
Cabe lembrar que no mês anterior, os preços da cesta básica douradense tiveram uma forte elevação
Cabe lembrar que no mês anterior, os preços da cesta básica douradense tiveram uma forte elevação - Divulgação/Ilustração

O valor da cesta básica do mês de novembro de 2018, comparado com o mês de outubro, apresentou uma pequena elevação de 1,22% em Dourados. A constatação é da pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O levantamento foi feito na última semana de novembro e primeira semana de dezembro. Cabe lembrar que no mês anterior, os preços da cesta básica douradense tiveram uma forte elevação.

Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo, são: Açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate. O preço da cesta básica de outubro/2018 com estes produtos ficou em R$ 380,06, o que significa 39,84% do salário mínimo que foi de R$ 954,00. Já no mês de novembro/2018, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia superior para a compra dos produtos componentes da cesta básica: R$ 384,68, o equivalente a 40,32% do salário mínimo vigente.

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, seis apresentaram um aumento de preços no mês de novembro, em Dourados, repetindo o que aconteceu nos meses de setembro e outubro. O produto que teve a maior elevação e pela segunda vez consecutiva, foi a batata, com 27,35%. Os outros produtos que aumentaram de preços foram: banana (18,61%), feijão (10,91%), açúcar (6,61%), carne (0,97%) – pelo segundo mês consecutivo, e óleo de soja (0,94%).

Os produtos que diminuíram de preço no mês de novembro foram: leite (14,18%), arroz (5,82%) e tomate (4,75%), após uma elevação muito forte no mês de outubro. Os pesquisadores ressaltam que apesar desta queda, em novembro estes produtos ainda estão com o preço muito elevado. Outros produtos que tiveram queda de preços foram o pão-francês, com 1,25%; o café em pó, com 1,02%; e a manteiga, com leve queda de 0,27%. A farinha de trigo fechou sem nenhuma variação no mês de novembro na comparação com o mês anterior.

Com o aumento dos preços dos produtos da cesta básica no mês de novembro, os pesquisadores enfatizam que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados antes da compra. O supermercado que praticou o preço mais elevado foi de R$ 406,31 na cesta básica e o menor foi de R$ 345,69, uma diferença de R$ 60,66, ou seja, um valor 17,55% menor e que compensa o “sacrifício” de percorrer vários estabelecimentos. Outra sugestão que fazem é a de verificar também os levantamentos realizados pelo PROCON de Dourados, porque o método adotado por esta instituição é a de comparar os preços praticados por cada estabelecimento e dar a publicidade identificando cada supermercado com os mesmos produtos.

CAPITAIS
Se comparado com a capital do estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o preço da cesta no mês de novembro foi de R$ 420,80, portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, a cesta básica douradense foi superior aos preços praticados em oito capitais estaduais brasileiras das dezoito que o DIESSE verifica. Estas capitais foram: Belém, Goiânia, São Luís, Aracaju, João Pessoa, Recife, Natal e Salvador.

Em nível nacional, as três capitais de estado com as cestas mais caras foram: São Paulo (R$ 471,37), Porto Alegre (R$ 463,09) e Rio de Janeiro (R$ 460,24). Os menores preços médios no mês de novembro foram verificados em: Recife (R$ 333,50), Natal (R$ 332,21) e Salvador (R$ 330,17). A equipe de estudantes de Ciências Econômicas observou que os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste do país. No mês de novembro/2018, pela segunda vez consecutiva, os preços da cesta básica aumentaram em 16 capitais estaduais do país das 18 realizadas, é o que registra a pesquisa feita pelo DIEESE.

De outubro para novembro, o poder de compra do trabalhador diminuiu. Das 220 horas mensais de trabalho (44h por semana), um douradense que recebe salário mínimo teria que trabalhar 87 horas e 38 minutos para pagar a cesta básica de outubro. Já no mês de novembro/2018, este mesmo trabalhador precisaria de 90 horas e 2 minutos.

SALÁRIO MÍNIMO
Levando em consideração a determinação da Constituição Nacional de que o valor do salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Assim, em outubro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.783,39, isso significa 3,97 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 954,00. E em novembro, o salário mínimo necessário estava em R$ 3.731,39, representando 3,91 vezes o salário praticado no mês. Assim, no comparativo, o trabalhador brasileiro teve um pequeno ganho de outubro para novembro. Diferentemente do trabalhador douradense que registrou uma perda do poder de compra do seu salário no mesmo período.

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