
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) acertou ao reduzir os juros básicos da economia para 4,25% ano. A avaliação foi feita nessa quarta-feira, 5 de fevereiro, pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. “A queda dos juros era esperada, porque a inflação está sob controle. Além disso, há a frustração com o fraco desempenho da indústria no fim de 2019 e mais o surto de coronavírus, que terá impactos negativos sobre a economia mundial”, afirmou Robson Andrade.

Diante do cenário de incertezas, lembrou ele, as estimativas para o crescimento da economia brasileira estão sendo reduzidas. “Neste momento, a redução dos juros é indispensável para estimular o consumo das famílias e o investimento das empresas”, destacou o presidente da CNI. Na avaliação da indústria, há espaço para outros cortes na taxa básica de juros, especialmente se o país avançar com a agenda de reformas.
“Importantes avanços para melhorar os fundamentos da economia, como a redução dos juros, o controle da inflação e a aprovação da reforma da Previdência, foram feitos em 2019. Mas é preciso fazer ainda mais”, disse Robson Andrade. “O governo, o Congresso, os empresários e os demais segmentos da sociedade precisam se mobilizar para que o país acelere a agenda de reformas voltadas ao crescimento da economia e da indústria. A prioridade desta agenda é a reforma tributária", declarou.
Outras ações imprescindíveis, acrescentou o presidente da CNI, são a redução dos custos dos financiamentos, o corte da burocracia, a modernização da infraestrutura, os investimentos em inovação e na formação de trabalhadores.
