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ECONOMIA

Aposta na manutenção da Selic avança e juros futuros fecham em queda

18 junho 2018 - 15h58
Comper

Os juros futuros fecharam a sessão desta segunda-feira, 18, em queda nos contratos de curto e médio prazos, enquanto os vencimentos longos terminaram com taxas perto da estabilidade. A proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide sobre a Selic na quarta-feira, 20, foi apontada como o principal vetor para o recuo das taxas. As apostas em alta de 0,25 ponto porcentual no juro básico, hoje em 6,50%, que eram majoritárias até o período da manhã, perderam força ao longo da tarde e no fechamento da sessão regular a curva mostrava um mercado já dividido entre elevação e manutenção.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2018, o próximo a vencer após a reunião do Copom desta semana e o mais líquido no curto prazo, fechou na mínima de 6,460%, de 6,489% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2019 caiu de 7,307% para 7,155% e a do DI para janeiro de 2020, de 9,04% para 8,80%.

Nos longos, o DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 9,79%, de 9,98% no ajuste de sexta-feira, e a taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 11,32%, de 11,35%. O DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 12,03%, de 11,98%.

A precificação de avanço da Selic em junho, que vem dominando a curva nas últimas semanas, tem por base o comportamento do câmbio, com os investidores vendo a elevação da taxa básica como a única saída para aplacar a disparada do dólar ante o real desde abril. Por outro lado, entre os economistas, as apostas de estabilidade são consenso há semanas, a partir tanto da sinalização do Banco Central, de que não usará a política monetária para controlar o câmbio, quanto dos números de inflação, que mostram preços mais pressionados, mas ainda bem abaixo do centro da meta de 4,5% e dos dados fracos de atividade.

Entre as 49 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas acreditam que a Selic permanecerá em 6,50% no Copom deste mês.

"O mercado está caindo em si de que o BC não vai subir juro, por mais que tenha forçado a barra. Não temos nenhum indicador de preço ameaçando a meta e há revisões de PIB para baixo, com hiato do produto elevado", disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

A ponta longa estava em alta pela manhã, alinhada à maior pressão sobre o câmbio, e teve um certo alívio na etapa vespertina na medida em que o avanço da moeda perdeu força. Às 16h30, o dólar à vista subia 0,44%, aos R$ 3,7482, longe da máxima do dia de R$ 3,7652.

Nas ações, o Ibovespa perdia 1,13%, aos 69.946,64 pontos.

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