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TEATRO AO AR LIVRE

Encenação da Retirada da Laguna em Nioaque atrai cerca de 2 mil pessoas

O evento contou com o apoio da Sectei e Fundação de Cultura, com realização e produção do Exército Brasileiro e comunidade local, e fez parte do “Projeto 150 anos da Retirada da Laguna”

26 setembro 2016 - 15h30Com informaçoes do Notícias MS
A encenação teve como um dos diretores e preparador corporal o gestor da Sectei Fábio Germano, que é diretor teatral
A encenação teve como um dos diretores e preparador corporal o gestor da Sectei Fábio Germano, que é diretor teatral - Divulgação
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Aproximadamente duas mil pessoas acompanharam a encenação dos fatos históricos ocorridos na época da Retirada da Laguna, em Nioaque, na Praça dos Heróis, na última sexta-feira, 23 de setembro. O evento contou com o apoio da Sectei e Fundação de Cultura, com realização e produção do Exército Brasileiro e comunidade local, e fez parte do “Projeto 150 anos da Retirada da Laguna”.

A programação iniciou com apresentação da Banda de Música do Comando Militar do Oeste, seguida da encenação. A Feira de Artesanato e apresentações culturais aconteceram às 19 horas, sempre na Praça dos Heróis. Esta foi a 12ª vez que a encenação foi realizada.

A encenação teve como um dos diretores e preparador corporal o gestor da Sectei Fábio Germano, que é diretor teatral. Ele ficou duas semanas no município realizando workshops e ensaios para o evento. Participaram 70 soldados do 9º Grupo de Artilharia de Campanha e 60 pessoas da comunidade. “São voluntários que se reúnem uma vez por ano para encenar a história que se passou em Nioaque”, explica Fábio.

As tropas brasileiras partiram do Rio de Janeiro. Saíram três mil pessoas e chegaram apenas 1.830, pois muitos morreram de doenças ao longo do caminho. Ao chegar em Nioaque, arregimentaram os civis e indígenas das etnias Terena e Guaicuru para a batalha. José Francisco Lopes, o Guia Lopes, conduziu o exército brasileiro até a Estância Laguna, no Paraguai, pertencente a Solano Lopes, mas ao chegar lá bateram em retirada, pois o exército brasileiro não tinha condições de batalha.

Voltaram para Nioaque, mas os paraguaios foram na frente e chegaram primeiro. Quando os brasileiros ali chegaram foram se alojar na Igreja, ocasião de que os paraguaios se aproveitaram, preparando uma armadilha com explosivos. Muitos morreram na explosão. A encenação termina com uma homenagem aos combatentes mortos.

Fábio declara que a encenação tem importância pelo fator histórico. “O teatro exige disciplina e o exército tem isso. Foi um espetáculo inclusivo. Participou o professor, o médico, alunos, pedreiros, militares, foi um fio condutor para unir as diferenças. A encenação proporciona à comunidade, além do fazer artístico, a oportunidade de reforçar a identidade local. A arte tem esse poder de transformar”, finaliza.

Na cidade de Nioaque o evento contou com o apoio Secretaria de Estado de Cultura, Turismo Empreendedorismo e Inovação, do Sindicato Rural de Nioaque, FHE-Poupex, Prefeitura Municipal e Grupo Feitosa de Comunicação.

Confira as fotos abaixo:





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