
No próximo domingo (31) é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, e esse ano, a data, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os malefícios causados pelo consumo do tabaco, além de promover ações estratégicas que contribuam com o controle desse hábito ao redor do mundo, ganha ainda mais importância frente as complicações que os fumantes podem ter se contaminados pela Covid-19.

“Os tabagistas já têm doenças pulmonares prévias, especialmente o enfisema pulmonar e considerando que a principal causa de morte pela Covid-19 é a pneumonia, em pacientes fumantes esta condição pode assumir um quadro muito mais grave e potencialmente fatal”, explica o médico pneumologista da Unimed Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz.
O tabagismo é uma doença crônica, gerada pela dependência da nicotina. É o fator de risco mais importante de mais de 50 doenças sendo as principais o câncer de pulmão, as doenças cardiovasculares, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – Enfisema (DPOC), dentre outras. “Estima-se que no Brasil, em 2015, o tabagismo foi a causa de óbito de 156.216 pessoas, ou seja, 428 mortes por dia. Este número corresponde a 12,6% do total de mortes que ocorre no Brasil anualmente”, pontua o médico.
Além dos fumantes, há uma preocupação em relação aos chamados fumantes passivos”, aqueles que acabam inalando a fumaça de cigarros, charutos, cigarrilhas e narguilé. “Essa pessoa acaba por inalar as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala. A fumaça que sai da ponta do cigarro se espalha no ambiente e contém, em média, 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala na tragada e as principais consequências são reações alérgicas, infarto, câncer do pulmão e DPOC quando são expostos por longos períodos”, ressalta o médico.
O especialista mostra algumas mudanças benéficas que ocorrem no organismo de quem abandona o tabagismo. “Ao parar de fumar, em minutos a pressão arterial e a frequência cardíaca já começam a cair. Após 8 horas, em média, cai o índice de intoxicação pelo monóxido de carbono. Em alguns dias, melhora o olfato e o paladar. E em média, após 5 anos, cai pela metade o risco de doenças cardiovasculares e de diversos tipos de câncer”.
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É certo que parar de fumar não é uma tarefa fácil, pois trata-se de um vício, mas, especialmente nesse momento em que precisamos cuidar ainda mais da saúde, vale se esforçar para adotar hábitos de vida mais saudáveis. Se não é possível parar de uma vez, ir diminuindo a quantidade diária já é um bom começo.
