
Quem olha para o Suzuki Jimny Sierra sem conhecê-lo pode duvidar de suas capacidades. A nova geração do simpático jipinho chega ao Brasil, importado do Japão, pronto para mostrar mais uma vez que não tem medo de nada, nem de ninguém.

O modelo é uma evolução do anterior. Chega em três versões. A de entrada é a 4You manual, a R$ 103.990. A 4You automática marca a estreia desse tipo de transmissão no Jimny. É tabelada em R$ 111.990. A opção topo de linha é a 4Style automática, com preço de R$ 122.990.
No Brasil, o Jimny Sierra irá conviver com a antiga geração, que tem quatro versões. Seus preços sugeridos vão de R$ 74.490 a R$ 92.990.
Mudanças.
O modelo traz novos eixos rígidos, que ficaram mais leves, porém mais resistentes, segundo a Suzuki, graças à aplicação de aços de alta resistência na produção. No chassi, há três novas travessas para melhorar a rigidez – que foi aprimorada em 50%.
Outra novidade são os novos coxins aplicados na fixação da carroceria sobre o chassi. O tanque de combustível agora é de plástico, para reduzir peso em relação ao antigo, de aço, e a barra estabilizadora tem diâmetro maior.
Desde a versão de entrada do Jimny Sierra, há controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e de descida. O último tem dois modos de funcionamento: na tração 4x4 ele limita a velocidade a 10 km/h, enquanto na 4x4 reduzida fica em 5 km/h.
O jipe tem central multimídia com tela sensível ao toque de 7” e integração com Android Auto e Apple CarPlay e ajuste de altura da coluna de direção. A versão de topo adiciona faróis de LEDs com acendimento automático e lavadores, ajuste de altura dos faróis, ar-condicionado digital e controle de velocidade de cruzeiro.
A câmera de ré fica posicionada no alto da tampa do portamalas. Com a solução, a visibilidade da traseira é excelente, inclusive no fora de estrada.
O motor 1.3 foi substituído pelo 1.5 16V a gasolina. Todo de alumínio, o propulsor rende 108 cv e 14,1 mkgf. O antigo entregava 85 cv e 11,2 mkgf.
No papel pode não parecer grande coisa, mas o comportamento do jipinho melhorou bastante no asfalto e no fora de estrada. Não espere retomadas vigorosas ou acelerações incríveis, mas o novo conjunto é suficiente para garantir conforto.
O câmbio automático funciona bem mas, na estrada, a cerca de 120 km/h, mesmo com uma terceira e uma quarta marcha mais longas, deixa claro que uma quinta cairia bem: o motor gira o tempo todo a cerca de 3.500 rpm, rotação alta.
A Suzuki trocou o acionamento do sistema 4x4 que era por meio de um seletor giratório, por uma alavanca.
Conforto.
A direção com assistência elétrica ficou mais leve e mais “macia”. No fora de estrada, dá menos trancos e garante um conforto extra para quem está guiando o jipe. No asfalto, deixa as manobras fáceis, e em trecho rodoviário tem um peso ideal.
A nova configuração de suspensão garante suavidade no asfalto e, no fora de estrada, o modelo pula bem menos que o anterior. Nas curvas, o Jimny está mais estável e com menos oscilação na carroceria. Porém, o formato quadradão do jipe ainda prejudica um pouco sua estabilidade em alta velocidade.
O espaço para quem vai atrás melhorou, mas o jipinho continua homologado para apenas quatro pessoas (para as quais ele ainda é um pouco apertado). O portamalas também deixa a desejar: tem apenas 85 litros.
