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AGRICULTURA FAMILIAR

Seminário tem a missão de incentivar pesquisa, cultivo, proteção genética e comercialização da guavira

13 abril 2018 - 08h45
Comper

Campo Grande (MS) – Nessa quinta-feira (12.4), foi promovida a abertura do primeiro Seminário Estadual da Guavira, fruto símbolo de Mato Grosso do Sul, em virtude da Lei Estadual nº 5.082, de 7 de novembro de 2017, sancionada pelo governador Reinaldo Azambuja.

O evento acaba nesta sexta-feira (13.4) no anfiteatro do Complexo Multiuso Dercir Ribeiro, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), próximo ao teatro Glauce Rocha, na Capital. O Governo do Estado por meio da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), instituição vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), está envolvido nas pesquisas em torno desse fruto que representa parte da identidade e cultura sul-mato-grossense, em especial no que diz respeito aos costumes indígenas.

“Como membro do executivo estadual a minha expectativa é de que esse evento frutifique boas ideias e que nos ajude nessa compreensão em torno da guavira, cultivo, produção, genética e uso. Que os trabalhos, aqui, sirvam para preservar a cultura e a história do nosso Estado, mas, também, para que nossos agricultores familiares possam ganhar dinheiro através do cultivo da guavira”, disse o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira, que na ocasião representou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja.

Principal foco do seminário é contribuir com o incremento nas áreas de ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo para o Estado, estimulando estudos técnico-científicos de produção e preservação genética da guavira, o cultivo sustentável e a geração de novos produtos a partir deste fruto que é típico do cerrado. “A guavira é o cacau do Centro-Oeste brasileiro. Em nome da maior casa de educação de Mato Grosso do Sul é que acolhemos vocês. E do que precisar de pesquisa conte conosco”, disse o reitor da UFMS, Marcelo Augusto Turini.

Para a pesquisadora do Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer), Ana Cristina Ajalla, o seminário é um marco dentro dos estudos da guavira por reunir em um mesmo local, pesquisadores e profissionais que comercializam de alguma forma o fruto. “No Cepaer há dez anos conduzo uma pesquisa sobre a guavira e ter esse espaço com outros pesquisadores e, também, com os estudantes é imprescindível para o andamento do meu trabalho como de outros profissionais envolvidos com a guavira”, afirmou.

“Estamos nesse seminário unindo esforços para fortalecer as pesquisas e os trabalhos de comercialização da guavira. A Lei Estadual nº 5.082 é um marco porque através dela nos apropriamos oficialmente desse fruto que tão bem representa o nosso Estado. Em Campo Grande, é comum encontrarmos a pitaia, originária da América Central, o morango que tem sua origem na Europa ou o mirtillo que é dos Estados Unidos, contudo, dificilmente vamos encontrar uma bandejinha de guavira nas gôndolas do mercado”, observou o deputado estadual Renato Câmara, propositor da lei aprovada.

Além das mesas redondas e palestras, o evento tem também uma exposição de fotos e uma feirinha para divulgação de produtos à base da guavira, tais como: picolé, cerveja, suco, polpa, e um tempero em pó, especiaria à base da casca e da semente do fruto.

Hoje o seminário acontecerá durante todo o dia. A programação pode ser conferida. Construído coletivamente, o seminário conta com uma comissão organizadora composta por representantes das seguintes Instituições: Fiocruz, Agraer, UFMS, UCDB, Uniderp, Cresol, Fundtur, Sebrae e membros da Assembleia Legislativa.

Aline Lira – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer

Fotos: Néia Maceno 

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