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CAPACITAÇÃO

Ensino técnico desenvolve conhecimento de agricultores do Centro-Oeste, diz especialista

De acordo com o coordenador do Senar-MT, educação técnica é fundamental para auxiliar no desenvolvimento da tecnologia que se modifica a cada ano

17 outubro 2017 - 10h44Da Redação com assessoria
Para ampliar cada vez mais o desenvolvimento agrícola na região é necessário que haja a evolução do preparo técnico dos agricultores, diz especialista.
Para ampliar cada vez mais o desenvolvimento agrícola na região é necessário que haja a evolução do preparo técnico dos agricultores, diz especialista. - Divulgação
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A estimativa para a produção da safra agrícola de 2017 aumentou 30,3% em setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. A informação foi repassada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado representa 242 milhões de toneladas de grãos. O milho, o arroz e a soja são os principais produtos desse grupo.

O destaque do balanço foi para o estado do Mato Grosso, que na avaliação para este ano, foi o maior produtor de grãos do país, com participação de 26,2%.

Diante desse cenário, é interessante que haja a evolução do preparo técnico dos agricultores para ampliar cada vez mais o desenvolvimento agrícola na região. Nesse sentido, no Mato Grosso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) oferece capacitação técnica aos profissionais do campo que querem aprender mais sobre a área.

De acordo com o coordenador da entidade, Otávio Celidonio, a educação técnica é fundamental, principalmente, para auxiliar no desenvolvimento da tecnologia que se modifica a cada ano. “Na educação formal nós entramos na área do ensino técnico, um curso em agronegócio para quem não conhece nada de um ofício agrícola, principalmente no desenvolvimento da tecnologia.”

O ensino técnico tem sido considerado por especialistase sociedade civil como um dos meios mais fáceis de ingressar no mercado de trabalho. Um dos locais em que essa modalidade de ensino é oferecida em Mato Grosso é na Escola Técnica Federal. Para o diretor da instituição, do campus de São Vicente, Lívio Woguel, a demanda para atuar na agropecuária no estado é grande. Para ele, quem se forma na área tem boas chances de arranjar emprego. “A escola em que eu trabalho tem 75 anos e há 40 técnicos em agropecuária. Cada vez mais é necessário gente na agropecuária, na área agrícola e também na produção de alimentos”, explica ele.

Sérgio Lúcio da Silva está no terceiro ano do ensino médio e faz, de forma integrada, o curso técnico em agropecuária na Escola Técnica Federal do campus de São Vicente. Pensando no futuro, o jovem conta o que o levou a escolher o curso técnico nesse setor. “No meu estado, a minha área é muito valorizada, além de ser uma das áreas base para a vida humana, que é a alimentação. Então essa área tem muitas oportunidades de emprego.”

Outro estado da região Centro-Oeste que apresentou bons números na agropecuária foi o Mato Grosso do Sul. Além da alta na produção de lavouras, o rebanho bovino cresceu 127% desde 1978, segundo dados do IBGE. No mesmo período, o rebanho suíno aumentou 135%.

Na avaliação do deputadoFederal Geraldo Resende (PSDB-MS), toda essa elevação nos indicadores da agropecuária do estado podem ser aproveitadas por estudantes de ensino técnico. Para o parlamentar, esse modelo de educação é a porta para a geração de empregos no momento atual. “Eu entendo que o ensino profissional ajuda a dar respostas, inclusive nesse momento que vemos a economia dando sinais de restabelecimento.”

Novo modelo

Com o objetivo de fomentar a educação técnica e profissional no Brasil, a reforma do Ensino Médio, sancionada em fevereiro de 2017, vai flexibilizar a grade curricular nas escolas. No novo modelo, os estudantes terão três matérias obrigatórias: língua portuguesa, língua inglesa e matemática. O restante da grade seria montada pelos próprios alunos, de acordo com o interesse deles em alguma área do conhecimento.

O intuito, segundo a coordenadora de Educação do Sesi-DF, Cláudia Rocha, é dar aos jovens outras opções dentro das possibilidades oferecidas no Ensino Médio. “O aluno já sai com uma experiência maior e com uma formação mais voltada para a área que ele que ele quer trabalhar.”

Ainda de acordo com a coordenadora, o mercado atual está favorável para os profissionais de nível técnico, mas encontrar trabalhadores qualificados é a principal barreira enfrentada pelo setor industrial. A prova disso é o balanço feito pela empresa multinacional de seleção e recrutamento ManpowerGroup. A pesquisa revelou que 61% das empresas do país querem contratar, mas têm dificuldade de conseguir pessoas capacitadas, principalmente em áreas de nível técnico. “A indústria abre muitas vagas de emprego, mas quando a pessoa vai para uma entrevista, descobre-se que ela não tem a capacitação necessária”, explica Cláudia.

O novo ensino médio vai ser norteado, também, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que orienta os currículos das escolas, tanto da rede públicas quanto particulares de todo o Brasil.

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